PSOL CONFIRMA PROFESSORA JULIANA CARVALHO PARA PREFEITA
Convenção aconteceu online, como medida de segurança contra a pandemia do novo coronavírus (Covid-19)
Foto: Divulgação
O Partido Solidariedade e Liberdade (Psol) referendou na última terça (08/09) a candidatura da professora Juliana Carvalho para a prefeitura de Volta Redonda. Durante a convenção, que aconteceu online, como medida de segurança contra a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), Juliana destacou que o principal objetivo da sigla, ao lançar seu nome é, antes de tudo, combater as opressões. “Sou fruto desse partido maravilhoso onde encontrei irmãos e irmãs há mais de 13 anos. A luta que se impõe nesse momento é a luta pela vida e contra qualquer forma de exploração e opressão. Nesse partido, que aliás é fruto de movimentos sociais diversos, debatemos nossa realidade e buscamos alternativas para atuar sobre ela”, explicou a professora.
Juliana destacou também que trabalhará para que a CSN volte a produzir em prol da cidade e não pelo lucro desmedido, a custas da exploração do povo volta-redondense e de outros. “O Psol se coloca nessa luta propondo uma outra política e assume de forma coerente a necessidade da taxação de terras pertencentes a cidade e que hoje se encontram como propriedade da CSN. Essas terras representam ¼ da nossa cidade e não possuem função social. Não dá mais para aceitar uma prefeitura que entende que sua função é ajudar o empresário a gerar emprego”, criticou a candidata do Psol.
E como não poderia deixar de ser, a professora pontuou que levará para os debates pautas históricas do partido que fundamentam, inclusive, a escolha de seu nome já que ela é mulher, negra e cultua uma religião de matriz africana. “Volta Redonda foi uma cidade, embora machista, em que a luta de classe esteve na ordem do dia. Queremos recuperar essa história, lembrando o protagonismo da maioria negra, veio construir a CSN, e das mulheres na participação das lutas da cidade, se organizando em associações de moradores, clubes de mães, etc, de forma autônoma. A partir dessa história, queremos debater machismo, racismo religiosos e ambiental, defender a liberdade religiosa, propor medidas contra o feminicídio, contra o genocídio da juventude negra e contra a LGBTfobia. Enfim, construir com o povo uma cidade de direito”, resumiu.
Por fim, Juliana fez questão de homenagear uma figura histórica do partido em Volta Redonda, a também professora Maria das Dores Motta, a Dodora, fazendo referência à sua trajetória não apenas na sigla socialista, mas na luta propriamente dita. “Nossas candidatas e candidatos a vereador e vereadora são fruto da luta das mulheres, dos negros, lgbts e contra a exploração da classe trabalhadora nessa cidade e construíram esse programa coletivamente, assim como todo o partido e movimento social que nos compõe. E como diria nossa companheira Dodora é preciso coragem para seguir e isso nós temos!!! Nossos passos veem de longe!”.