CDL-VR ATENDE MAIS DE 500 EM MUTIRÃO DE EMPREGO NA ILHA

Evento atraiu quase 40 mil pessoas na Ilha São João, onde foram disponibilizadas mais de 2 mil vagas por 16 empresas participantes
Foto: Divulgação/CDL-VR A Câmara de Dirigentes Lojistas de Volta Redonda (CDL-VR) realizou mais de 500 atendimentos, além de receber currículos de quem não tinha senha para o cadastro, com a Central de Empregos, no Mutirão do Emprego. A iniciativa da Prefeitura de Volta Redonda foi promovida nesta quarta-feira (1/05), 'Dia do Trabalhador.' O Mutirão do Emprego atraiu quase 40 mil pessoas na Ilha São João, onde foram disponibilizadas mais de 2 mil vagas por 16 empresas participantes.

Os candidatos foram atendidos pela psicóloga especialista em Recursos Humanos da Central de Empregos da CDL-VR, Fabiana Inácio. Ela recebeu os currículos, preencheu a ficha de cada um. “Será realizada uma triagem e os candidatos serão chamados para uma entrevista de acordo com a disponibilidade de vagas ofertadas pela Central”, explicou.

O gerente executivo da CDL-VR, Anderson Moysés, que coordenou o atendimento, explicou que será marcada uma data para fazer a seleção dos candidatos. “Vamos agendar e chamar todos que tiverem o perfil das vagas que temos na Central. Foram muitos currículos, que passarão agora por uma avaliação e, em breve, vamos marcar o atendimento. Nosso estande era um dos mais cheios”, afirmou.

O presidente da CDL-VR, Gilson de Castro, também esteve na Ilha São João para a abertura do evento e ficou impressionado com a quantidade de pessoas em busca de uma oportunidade trabalho. “No dia anterior, a fila já era enorme na entrada da Ilha São João, pessoas com muitas histórias de luta para ingressar no mercado de trabalho, em busca de uma oportunidade”, disse.

Segundo ele, a iniciativa do Governo Municipal foi muito positiva e mostrou a dimensão da demanda por emprego. “Embora, a cidade tenha saldo positivo - mais empregos gerados do que demissões -, vimos moradores de outros municípios também tentando uma recolocação profissional. Foi muito bom poder contribuir com esse mutirão”, afirmou. Foto: Jacy Menezes Anderson Moysés e equipe da CDL-VR esbanjaram disposição e atenção para com população

Histórias de quem lutar por um lugar no mercado de trabalho
Quem enfrentou a fila para participar do Mutirão disse que vale à pena qualquer esforço para voltar ao mercado de trabalho. Uma delas foi a Karen dos Santos Oliveira, de 21 anos. Ela está desempregada desde dezembro. “Tenho formação em Administração em nível técnico, fui apendiz na CSN e trabalhei em outra empresa e preciso de um emprego. Hoje o maior desafio é concorrer com quem tem curso superior, porque, como há poucas vagas, mesmo quem tem mais experiência, acaba se candidatando às de nível técnico, o que dificulta para quem está começando. Tenho esperança de conseguir um emprego”, disse.

Mesmo sentimento da Thaís Cristina da Silva, de 30 anos. Há quatro meses, ela está desempregada e não quer ficar parada. “Trabalhei como atendente de telemarketing, mas sai e, agora, estou buscando uma vaga de operadora de caixa, que é o que tenho mais experiência. Espero conseguir”, comentou.

Telma Brígida Lacerda, de 63 anos, há dez afastada do mercado de trabalho, resolveu voltar a trabalhar e aproveitou o mutirão para se candidatar a uma das vagas da Central de Empregos da CDL-VR. Formada em Letras, estava em busca de uma vaga mesmo que não exija curso superior. Ela estava com o filho, de 30 anos, que perdeu o emprego há seis meses e também precisa trabalhar. “Viemos na esperança de conseguir uma oportunidade. Fiquei sem trabalhar cuidando da minha mãe doente e, agora, preciso recomeçar, mesmo que não seja na minha área”, acrescentou.

Para quem chegou na fila às 6 da manhã e até às 14 horas ainda enfrentava uma fila de mais de mil pessoas, o importante era sair com pelo menos uma promessa de emprego, como a Edna Marthins de Oliveira, de 51 anos, com experiência como ajudante de cozinha e desempregada há três anos. “Depois de pagar todos os meus pecados, em pé nessa fila, não perco nunca a esperança. Mesmo enfrentando o calor e o cansaço, tenho fé de conseguir um emprego, porque preciso muito voltar a trabalhar”, contou.