VEREADORES TÊM AGENDA COM PREFEITO NETO PARA BUSCAR MANUTENCAO DE SALÁRIO DE MÉDICOS
- Osmar Neves Souza
- 7 de out.
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Fotos: Gazeta dos Bairros

Após dois dias de discursos contrários a proposta do prefeito Antônio Francisco Neto (PP), de reduzir 25% nos salários dos médicos, que em média é de R$ 20 mil mensais, os vereadores conseguiram uma agenda às 9 horas, no gabinete do chefe do executivo, para tratar do assunto, nesta quarta-feira (08/10). A ideia é buscar outras maneiras de reduzir os gastos correntes do governo, sem mexer nos recursos destinados à manutenção dos salários dos médicos como estão.
De acordo com a vereadora Gisele Klingler (PSB), a situação coloca em risco o atendimento médico da antenção primária à população, que pode ficar sem o atendimento inicial nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). "Se a redução nos salários ocorrer, de fato, os profissionais médicos ameaçam paralisar os até atendimentos de forma imediata. Defendo uma negociação para que encontremos outros setores que podem contribuir com a redução dos gastos públicos, sem afetar o salário dos médicos e, por tabela, o atendimento à saúde da nossa população", avaliou a vereadora.
Já o presidente da Câmara, vereador Edson Quinto (PL) foi enfático na defesa da manutenção dos salários dos médicos. "Nós não vamos garantir que os salários serão mantidos como estão, mas que é importante e necessário debater e buscar outras formas, isso sem dúvidas vamos buscar. Acabo de receber uma mensagem com o agendamento de uma reunião dos 21 vereadores com o prefeito, no gabinete do Palácio 17 de Julho. Os médicos precisam de salários em dia, justo e de tranquilidade para prestar o serviço que prestam para nossa população. Se queremos ter a melhor saúde do Brasil, como vem sendo dito ao longo dos meses e anos, não é dessa forma que conseguiremos", sentenciou Quinto.
Outro que defendeu a manutenção dos salários como está, foi o vereador governista, Renan Cury (PP). No entanto, o parlamentar explicou que não concorda com a possibilidade de paralisação dos médicos, sem antes esgotar todas as situações pertinentes a serem negociadas. "Sou totalmente solidário aos médicos", afirmou ao microfone, e sentenciou: "Uma greve é fora de questão neste momento. Primeiro temos que buscar negociar e convencer o prefeito e os secretários de que há outras formas e maneiras de buscar a redução dos gastos. Com isso, podemos tentar avançar na manutenção dos salários dos médicos. Agora, uma paralisação do atendimento nas UBS, não garante o salário e ainda prejudica a população", afirmou Renan Cury.
Em coro com os colegas, o vereador Nilton Alves de Faria, o Neném (PP), também criticou a possibilidade de redução salarial dos médicos. "Não se pode mexer nos salários, uma vez que eles ganham aquém dos que o justo. Perder 25% do que recebe sem discutir com a Câmara, não é a forma ideal. Precisamos sentar e conversar sobre outras formas de reduzir gastos. Tem obras que podem ser interrompidas, e retomadas", disse o vereador.

Também ligado à Saúde, o vereador Paulo César Lima da Silva, o Paulinho do RX, defendeu o diálogo e uma exaustiva busca de outros métodos para cortar gastos públicos. "Vamos aproveitar está oportunidade de nós reunirmos com o prefeito Neto, e encontrar meios de garantir a manutenção dos salários dos médicos como estão. Havemos de encontrar", previu Paulinho do RX.

Ao final dos debates sobre o assunto, os vereadores aprovaram a manifestação do médico em atenção primária da rede municipal, Vitor Matheus Cunha Alves, na Tribuna do Legislativo.
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