PSOL-VR PREPARA NOMES PARA DEFINIR ESTRATÉGIAS ELEITORAIS VISANDO ELEIÇÕES

Foto: Divulgação

O Diretório Municipal do Partido Socialismo e Liberdade de Volta Redonda (Psol-VR) agendou para o próximo dia 2 de março, às 15 horas, na Câmara de Vereadores, uma reunião para definir nomes de pré-candidatos à Prefeitura e à Câmara da 'cidade do aço', além de estratégias eleitorais. A informação foi revelada no início dessa semana, pela presidente da legenda de esquerda, Adriana Bitencourt da Silva, a 'Drica'.

De acordo com a dirigente do Psol, o nome da professora Juliana Carvalho está em evidência como pré-candidata a prefeita, ainda a ser confirmada em convenção do partido. "Após duas reuniões em que participamos com a então 'Frente de Esquerda', a ideia era definir um nome que congregasse a esquerda de maneira geral. Como os partidos PT, PCdoB e PV definiram um nome entre eles, não nos restou alternativa senão a de definir um nome para o Psol. Havíamos, de antemão, indicado a camarada Juliana. Mas, teremos uma nova reunião do Diretório Municipal para definirmos se ela será a nossa candidata, ou outros nomes serão colocados para essa disputa", disse Drica.

Na oportunidade do encontro, Drica explicou que a legenda vai receber filiações de novos integrantes interessados em serem pré-candidatos a vereador, desde que estejam alinhados com a ideologia do Psol. "Além dessa obrigatoriedade, eles (pré-candidatos) devem seguir e obedecer o programa de governo para a cidade", explicou a dirigente.

Drica contou que existem quatro correntes de pensamentos internas no Psol-VR, sendo elas a Insurgência, Resistência, Subverta e o Campo Socialista. "Eu sou uma das representantes da Insurgência, que detém a maioria das vagas do Diretório Municipal", definiu.

Outra opinião defendida por ela, e talvez, de maneira contundente, é sobre uma possível "polarização entre duas correntes irmãs da Direita Conservadora". "Com certeza, buscávamos essa tentativa de unidade da esquerda para tentar evitar essa polarização. Precisamos de um candidato à esquerda, num possível segundo turno. No mínimo penderia as propostas de governo mais a esquerda, em defesa da classe trabalhadora", defende Drica.

E para quem afirme que o Psol esteja apenas voltado para as eleições deste ano, Drica refuta o sentido de obsessão eleitoral e de poder, e conta que os membros do partido se dedicam a ações positivas no município. - Temos diversas atividades ao longo dos últimos anos, que buscam valorizar a qualidade de vida e buscamos cobrar do chefe do Poder Executivo ações concretas para garantir Saúde, Educação, Trabalho, Renda, direitos trabalhistas e combate à poluição do ar em nossa cidade - esclareceu Drica.

Entre essas ações, a presidente do Psol conta que o grupo comprou três aparelhos para medição da qualidade do ar pela emissão de partículas. "Além desse monitoramento, prestamos apoio ao projeto dos catadores de resíduos recicláveis, e o projeto de educação popular Esperança Garcia, que é desenvolvido por professores voluntários para as crianças e adolescentes na Ocupação Dom Waldyr Calheiros, no bairro Belmonte, além de ações conjuntas com o Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe-VR)", relatou.

Adriana Bitencourt também avalia que Volta Redonda está bem servida de unidades do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), mas faz uma crítica. "Temos um bom número de unidades, mas o grande problema é a falta de funcionários em número suficiente, e bem treinados, para atender as demandas diárias das comunidades que mais necessitam desse atendimento social", criticou.

Por fim, Drica critica ainda o problema que a Prefeitura de Volta Redonda, na avaliação do Psol, deveria solucionar imediatamente. "A contratação de funcionários por meio de Recibo de Pagamento Autônomo (RPA) deveria estar banida do serviço público, porém de maneira responsável. É uma covardia e um desrespeito para com o trabalhador, já que quando são 'descartados', após cinco, 10 ou 20 anos de trabalho, saem sem a perspectiva de uma nova oportunidade, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias, entre outros direitos. Defendemos que eles tenham acesso a cursos de qualificação para que possam participar de concurso público municipal", concluiu a dirigente do Psol.

Texto corrigido às 12h17min.