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PROFESSORES DE BARRA MANSA EM GREVE CONTRA REDUÇÃO DE 75% DO ADICIONAL DE REGÊNCIA

Foto: Divulgação

A decisão tomada pelo prefeito Rodrigo Drable (União Brasil), em conjunto com 15 vereadores da base que o apoia na Câmara Municipal de Barra Mansa em cortar 75% do adicional de regência dos professores da rede municipal (benefício pago há 40 anos), culminou com a paralisação das aulas e demais atividades dos profissionais a partir desta terça-feira (22/08). A paralisação atinge cerca de 20.200 alunos das 64 escolas da rede municipal, e não há previsão de retorno, segundo coordenadores do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-BM).

Em uma 'live' divulgada na noite de domingo (20/08), o prefeito Rodrigo Drable afirmou que os professores "não terão perdas salariais e que os professores aposentados e pensionistas serão os maiores beneficiados". Assistam o vídeo disponibilizado no link abaixo: https://fb.watch/mz3Dl1-MJC/?mibextid=2Rb1fB

Por outro lado, a professora da rede municipal, militante do Sepe-BM e vereadora Fernanda Carreiro Alves (PT), criticou a decisão dos colegas e do prefeito, confirmando que vai dar total apoio aos professores a partir do primeiro minuto de paralisação das atividades nas escolas. "Minha avaliação é a de que esse vídeo do prefeito é um desespero, e isso nos mostra que nos temos força, que a população está do nosso lado. Fizemos uma panfletagem na feira livre, conversamos com as pessoas que por lá passavam, e os nossos vídeos feitos na Câmara Municipal e das nossas passeatas viralizaram. E quando o prefeito diz que ele concedeu o piso salarial e o adicional de regência de 95%, ele mente. Isso foi conquistado pela categoria em 2015, por intermédio do governo do então prefeito Jonas Marins, através do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), onde foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), onde os pagamentos foram sendo feitos aos poucos. Até meados de 2016 todos nós já estávamos recebendo o Piso Nacional e os 95% de adicional de regência. O atual prefeito vence a eleição em 2017, assume o mandato e não concede o reajuste do piso, previsto por lei para ser feito em janeiro de cada ano.

Segundo a vereadora Fernanda Carreiro, o Sepe-BM buscou entendimento com o governo e, em agosto daquele ano, o prefeito enviou para o Legislativo projeto que alterou prejudicialmente aos professores o PCCS, principalmente na lotação dos profissionais e retorna com os professores para o horário de 8 horas ao contrário das 6 horas administrativas. "O sindicato entra na justiça e consegue ganho de causa em maio de 2018, e obtém o Piso Nacional. "Em 2019, o prefeito cumpre o pagamento do Piso com o reajuste de janeiro. Em janeiro de 2020, ele não cumpre o reajuste do pagamento do piso, quando, em março, vem a decretação da Pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19), fecham as escolas e todos já sabem o desfecho. Em 2022 as escolas são reabertas, mas o governo não concede o piso com os reajustes de 2021 e 2022. Este ano, conseguimos uma liminar na Justiça para o pagamento do Piso no mês de julho, sendo que o prefeito foi intimado no final do mês, para que cumpra o piso . No dia 17 de agosto o governo consegue um agravo de instrumento, e encaminha para a Câmara esta mensagem para cortar 75% do adicional de regência, e agora estamos buscando nossos direitos", lembrou a parlamentar e militante do Sepe-BM, Fernanda Carreiro.

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