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MANIFESTO CONTRA 'PÓ PRETO DA CSN' UNE 'BOLSONARISTAS, LULISTAS, CIRISITAS, CASTRISTAS E FREIXISTAS'

Políticos, sindicalistas e ambientalistas marcam presença durante manifesto pela redução da poluição do ar em Volta Redonda

Fotos: Gazeta dos Bairros

A manifestação pacífica contra a poluição do ar em Volta Redonda, promovida na Praça Brasil, na Vila Santa Cecília, na manhã do domingo (17/07) em que se comemorava o 68º aniversário de emancipação político-administrativa do município, teve a presença de pouco mais de 200 pessoas. Crianças, jovens, adultos e idosos foram às ruas do bairro para demonstrar a insatisfação com a emissão do 'pó preto' pela Usina Presidente Vargas (UPV) da CSN, coordenados pelo professor Roberto Guião de Souza Lima Junior, do Centro Universitário de Volta Redonda (UNIFOA) e integrante da equipe do Projeto RECRIAR, com o apoio do Movimento Ética na Política (MEP-VR), ong's e entidades ambientais, Câmara Municipal, Associação de Moradores e sindicalistas.

Políticos de esquerda, direita, centro, extrema direita e esquerda, dirigentes sindicais, as ex-deputadas Cida Diogo e Inês Pandelo (ambas do PT), ativista sindical Cerezo Honorato, os vereadores Jari Oliveira (PSB) e Rodrigo Furtado (PSC), os ex-vereadores João Tomaz da Costa (Cidadania), Raone Ferreira (PSB), entre outros, marcaram presença no evento. O engenheiro aposentado da CSN e ex-vereador, João Tomaz, participou ativamente do manifesto, com apresentação de adereços alusivos aos índices de poluição atualizados, num varal sobre a emissão de partículas poluentes e nocivas à saúde respiratória da população.

De acordo com o organizador da manifestação, o professor Roberto Guião, a questão ambiental vem sendo maquiada pelas autoridades responsáveis, com discursos de que a população tem observado uma "falsa sensação de poluição".

"A partir de agora, nós queremos provocar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e na Câmara Municipal de Volta Redonda (CMVR), para que possam apurar todas a denúncias que estamos fazendo, trazendo este dados apresentados à tona, questionar os fatos, jogar luz no aspecto popular quanto jurídico sobre tudo isto que está acontecendo", previu Guião, ao finalizar a passeata na Praça Brasil, onde cantaram "parabéns pra você', pelo aniversário de 68 anos da cidade, tendo como "presente da CSN poluição e insalubridade para a população".

Roberto Guião ressaltou ainda que, não apenas a questão da poluição emitida pela CSN, mas que "aquela advinda do excesso de veículos circulando na cidade, deficiência em áreas verdes, ou seja, um combo de coisas que se materializam principalmente pela CSN, causam esse transtorno à população", esclareceu. Para concluir, o professor afirmou que no site do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) estão disponibilizados dados sobre os índices de poluição na cidade, para que as autoridades locais possam avaliar e tomar providências.

- O INEA afirma que o único período em que os índices de poluição na cidade saíram do padrão foi em 2017. Isso não é a realidade, pois os dados saem diariamente do padrão de qualidade do ar. Pois aqui no Brasil é o dobro do que é determinado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No nosso varal da poluição apresentamos esses dados extraídos, inclusive, do site do INEA - concluiu Roberto Guião.

O vereador Rodrigo Furtado, que estava debatendo questões ambientais e sobre o TAC assinado em 2018, com o ativista sindical Cerezo Honorato e o advogado Tarcísio Xavier, esclareceu que será necessário "uma ação mais firme por parte dos órgãos ambientais e do Poder Público estadual e municipal para que a empresa faça valer de fato o que está determinado no TAC".

- Infelizmente, pouco temos a comemorar, porém estamos nessa manifestação pacífica. Quero lembrar que presidi uma Comissão Especial de Inquérito na Câmara Municipal, onde obtivemos avanços significativos , conquistando um TAC de R$ 303 milhões com várias regras a serem seguidas pela direção da CSN, para que a cidade tenha uma redução importante do ar. Conseguimos ainda que aas empresas CSN e Harsco paguem multas diárias pela não redução da pilha de escória depositada às margens do Rio Paraíba do Sul, nas proximidades dos bairros Brasilândia e Volta Grande - afirmou Rodrigo.

ATIVIDADES - Semanas antes de a população se manifestar publicamente, por meio das redes sociais, e cobrar atitude do Poder Público contra o aumento da poluição atmosférica, provocada pela elevada emissão de partículas de pó preto pelo processo siderúrgico da Usina, o governo municipal tomou frente ao problema e conseguiu alinhavar um compromisso explícito da direção da empresa para que algo seja feito de maneira imediata.

Em resposta, a Prefeitura de Volta Redonda recebeu na semana passada (14/07), um documento pelo qual a direção da CSN se compromete em tomar medidas emergenciais para reduzir a tal "sensação de aumento da poluição atmosférica na cidade".

Ao menos seis itens foram abordados como emergenciais pela CSN e já estão em execução a partir de agora:


- Duplicação do número de máquinas varredeiras nas vias e pátios das sinterizações e áreas adjacentes;


- Ampliação do contingente de limpeza industrial em 25%, atuando nas vias, pátios, estruturas e equipamentos das sinterizações e áreas adjacentes;


- Duplicação no número de caminhões realizando aspersão nas vias e pátios internos;


- Aceleração do serviço de reparo dos silos das áreas das sinterizações com o objetivo de reduzir as quedas de materiais;


- Antecipação das obras de reparo geral da Sinterização número 4;


- Contratação imediata de nova empresa especializada para manutenção dos precipitadores das 3 sinterizações antes das suas trocas definitivas que irão ocorrer até agosto de 2024.


ATRASOS - No mesmo documento, a CSN faz esclarecimentos sobre questões envolvendo o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado com Instituto Estadual do Ambiente (INEA) em 2018, bem como relatou investimentos que ainda serão feitos na Usina nos próximos anos.

"Prezando pela proteção e redução dos impactos de nossas operações no meio ambiente e na sociedade, em 2021, a Companhia dispendeu um total de R$ 544,2 milhões entre custeio e investimentos em projetos e processos de adequação ambiental, montante 29% maior do que o destinado em 2020, quando foram investidos R$ 420,5 milhões. Até 2024, serão também investidos outros R$ 300 milhões especificamente na modernização dos equipamentos de controle e mitigação de impactos ambientais na Usina Presidente Vargas, conforme acordado através do TAC INEA nº 07/2018, assinado em 19/09/2018", diz o documento.

A CSN também aproveitou para reafirmar que serão feitos investimentos na planta de Volta Redonda, com previsão de gerar novos empregos. "Ainda buscando a contínua modernização do seu parque siderúrgico e melhorar a sua eficiência operacional, mais de R$ 6 bilhões serão investidos nos próximos cinco anos na UPV, gerando emprego e renda para a população do município", diz em nota.

A empresa ressaltou ainda que, em paralelo ao seu plano de investimentos, estabeleceu "metas ambientais agressivas". "Dentre elas: reduzir as emissões de material particulado por tonelada de aço bruto produzido na Usina Presidente Vargas em 40% até 2025".

O prefeito Antônio Francisco Neto (União Brasil) agradeceu a agilidade na resposta e afirmou que aguarda os resultados positivos das ações a curto prazo.

"A resposta veio rapidamente, como a situação exige, e até mesmo indo além do que foi pedido inicialmente pelo governo municipal. Esperamos que essas ações gerem impacto positivo no nosso meio ambiente, então somos gratos pela agilidade. A população está atenta e vigilante, assim como a prefeitura", disse Neto.

PARLAMENTARES - Assim como o Poder Executivo, o legislativo municipal, representado pelo presidente da Câmara, vereador Sidney Teixeira, o Dinho (Patriota), também se fez presente na reunião com o prefeito Neto, para tratar do assunto. "Independente desta reunião, a Câmara Municipal encaminhou ofícios solicitando fiscalização na Usina Presidente Vargas, ao Ministério Público Federal, ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), ao INEA e ao Ministério do Meio Ambiente", afirmou Dinho.

 
 
 

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