OS's CONTRATADAS POR SAMUCA SILVA ESTÃO NA MIRA DA CPI DA COVID-19 NO SENADO FEDERAL
Foto: Arquivo/Secom-PMVR
A CPI da Covid-19 do Senado Federal vai pedir a quebra do sigilo fiscal e bancário das organizações sociais (OS's) Instituto Mahatma Gandhi e Associação Filantrópica Nova Esperança, que atuaram no município de Volta Redonda, à frente do Hospital Municipal Munir Rafful (HMMR - Retiro) e Hospital São João Batista (HSJB), respectivamente, durante a administração do ex-prefeito Elderson da Silva, o Samuca (PSC). A informação foi noticiada nesta quinta-feira (17/06), pela colunista do jornal 'O Globo', a jornalista Bela Megale, e dá conta de que outras cinco organizações sociais que operam Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais no Rio de Janeiro também terão as ações implementadas.
O vereador Jari de Oliveira (PSB), que atualmente preside a Comissão Permanente de Saúde, Educação e Assistência Social, foi responsável por uma série de denúncias de favorecimentos e improbidades cometidas pela administração do Hospital do Retiro (Munir Rafful), desde o início de 2018, quando foi celebrado o contrato com o Instituto Mahatma Gandhi. No caso da OS Nova Esperança, as denúncias partiram de médicos e enfermeiros que não estavam recebendo os salários, sob a alegação de que a entidade social "não estaria recebendo repasses financeiros por parte da administração do ex-gestor municipal Samuca Silva".
OPERADORES - Os nomes das entidades foram entregues à CPI da Covid pelo ex-governador do Estado Wilson Witzel (PSC) após ele depor na comissão, nesta quarta-feira (16/06). Witzel acusa essas OS's de continuarem operando no Rio de maneira ilícita, pagando propina a autoridades públicas. Ele também acusa prestadores de serviço de hospitais federais e estaduais do Rio a participarem do mesmo esquema.
As OSs listadas pelo ex-governador e que terão os sigilos quebrados são: Associação Filantrópica Nova Esperança, Instituto Mahatma Gandhi, Instituto Lagos, Viva Rio, Movie, IABAS e SPDM.
A quebra de sigilo já tem aprovação da maioria dos senadores da CPI e será votada nesta sexta-feira. No mesmo dia, a comissão decidirá sobre o novo depoimento de Witzel, agora sob sigilo, como ele solicitou.
— Deixei com a CPI o nome das OSs que precisam ter os sigilos bancários quebrados – afirmou ex-governador.
Witzel disse que a corrupção na área da saúde do estado do Rio de Janeiro continuou após sua saída do governo. Ele perdeu o cargo após um processo de impeachment por crime de responsabilidade em esquema de corrupção na área da Saúde envolvendo também uma organização social chamada Unir.
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