NOVAS REMESSAS DE VACINAS CHEGAM E SMS-VR INTENSIFICA VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19
Horário FOI ampliado até as 19 horas nesta terça-feira, para atendimento em oito Unidades de Saúde
Foto: Arquivo
A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informa que novas remessas de vacinas contra a Covid-19 acabam de chegar ao município. Com isso, a aplicação de primeiras, segundas e terceiras doses será iniciada ainda na tarde desta terça-feira (14/09), a partir das 14 horas.
As primeiras doses continuam sendo destinadas a adolescentes sem comorbidades com 16 anos ou mais. Jovens a partir de 18 anos ainda não vacinados, gestantes, puérperas e lactantes a partir de 12 anos, e adolescentes com comorbidades de 12 a 15 anos devem procurar as seguintes Unidades de Saúde dos bairros: Siderlândia, Conforto, São Geraldo, Vila Rica/Tiradentes, Retiro II, Vila Mury, Santa Cruz e Volta Grande.
Essas unidades vão funcionar, exclusivamente, nesta terça-feira, até as 19 horas para atender o público-alvo da vacinação.
COMPLEMENTOS - Vacinados com a primeira dose de AstraZeneca (Oxford) e Pfizer/BioNTech até 25/06/2021 e vacinados com a primeira dose de CoronaVac até 19/08/2021 devem procurar uma das Unidades de Saúde descritas acima. A terceira dose está sendo destinada a idosos acima de 70 anos vacinados até 19/03 com a segunda dose.
INTERCAMBIALIDADE - O Município foi um dos primeiros a iniciar procedimento, recomendado pela Secretaria Estadual de Saúde, para ampliar esquema vacinal contra a Covid-19. A intercambialidade de vacinas contra a Covid-19, já adotada em Volta Redonda, é um procedimento defendido por especialistas e que ganha terreno em cada vez mais países. Reino Unido, França, Alemanha, Noruega e Canadá são apenas alguns lugares que já fazem o cruzamento de vacinas com sucesso.
A medida foi recomendada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), em 16 de agosto, após ampla discussão em reunião com o conselho de análise epidemiológica do estado do Rio de Janeiro. A intercambialidade foi orientada aos 92 municípios em decorrência de atrasos na entrega da vacina AstraZeneca (Oxford).
A secretaria recomendou o uso da vacina Pfizer/BioNTech como segunda dose para complemento do esquema vacinal da população com duas doses. Essa alternativa já vinha sendo utilizada no caso de gestantes e puérperas que tiveram reações fortes ao tomarem a primeira dose da AstraZeneca e completaram a imunização com a Pfizer ou CoronaVac, a medida teve o aval do Ministério da Saúde.
A pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo, aponta os benefícios da intercambialidade. “A intercambialidade de vacinas se impõe por razões de demonstração, de efetividade e por estudos de fase 4 que já foram desenvolvidos. Ter essa mudança de fabricantes nas doses é o mais esperado, é a expectativa, é o correto e é o desejável”, disse Dalcomo.
O coordenador do teste clínico da vacina Pfizer no Brasil, Cristiano Zerbini, divide a mesma opinião da pesquisadora da Fiocruz. Zerbini ressaltou ainda que a intercambialidade de vacinas possa elevar os índices de proteção contra a Covid-19, inclusive contra a variante Delta.
“Duas doses da vacina da Pfizer dão 88% de proteção contra a variante Delta, por exemplo, enquanto duas da AstraZeneca, dão 77%. Agora, se você tomar uma da AstraZeneca e depois uma da Pfizer, você vai conseguir quase que a mesma proteção da Pfizer. Essa intercambialidade é boa”, afirmou o coordenador, em entrevista à CNN.
As recomendações dos especialistas estão embasadas em ensaios clínicos realizados com a vacina de RNAm da fabricante Pfizer e a vacina de vetor viral da AstraZeneca, indicando uma resposta imune associado a um bom perfil de segurança. Os estudos concluíram boa resposta imune em esquemas de intercambialidade bem como dados de segurança favorável, considerando ainda a importância da segunda dose para assegurar elevada efetividade contra a Covid-19.
A nota técnica da secretaria estadual de Saúde ainda esclarece que ‘com base nestes dados a Organização Mundial da Saúde optou por atualizar as suas recomendações referentes ao tema, orientando que, em situações onde não seja possível administrar a segunda dose com o mesmo produto, seja por falta do mesmo produto ou por outras preocupações, seria possível a adoção de esquemas intercambialidade. Tal recomendação é semelhante ao adotado por países como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá’.
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