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LIDERANÇAS DO PSOL-VR SE PREPARAM PARA CONGRESSO MUNICIPAL

Reunião preparatória para evento acontece nesta segunda-feira, no Clube Palmares

Foto: Arquivo

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Com um lema definido como "Um chamado à unidade", o diretoria municipal do Partido da Solidariedade e Liberdade (PSOL) de Volta Redonda, promove o Congresso Municipal da legenda no próximo sábado, a partir das 14 horas, na Câmara de Vereadores, no bairro Aterrado. Pela importância do Psol, partido que não se considera perfeito, mas que tem apresentado propostas com clareza.

Integrante da legenda, a professora aposentada e ex-dirigente do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Maria das Dores Nota, a Dodora, afirma que o Psol se faz presente na vida dos brasileiros.

"No Estado do Rio de Janeiro, e em Volta Redonda, que é uma cidade de tradição dos trabalhadores, defendemos um Psol mais forte. E para ser forte, mais unido, com menos divergências internas, o que não significa eliminar as diferenças. Porém, enfrentar essas diferenças com respeito e buscando sempre o consenso", diz a dirigente.

Dodora afirma que ser importante saber que PSOL, diferentemente dos partidos com comitê central que toma todas as decisões de forma centralizada tem, como consta nos Estatutos, "tendências, blocos e campos, que por sua vez se articulam internamente buscando uma forma mais democrática para tomar decisões", explica ela.

Assim, o PSOL se constitui em várias correntes e dois blocos: Psol de Todas Lutas (PTL) e Bloco de Esquerda (BE). No entanto, Dodora esclareceu que esses blocos e campos não são permanentes e movimentam-se a partir das disputas internas e de suas propostas.

Neste sentido, em Volta Redonda, existem os campos políticos internos denominados como Subverta, Insurgência e Reconstrução Democrática, Insurgência Oficial e Maloca Socialista, além de muitos independentes que se articularam para apresentar uma tese, chamando à unidade no Congresso, no dia 15 de março.


Conheça a tese apresentada:


PSOL UNITÁRIO E DE LUTAS

UM PSOL UNITÁRIO E NAS RUAS CONTINUA SENDO MAIS QUE NECESSÁRIO


Esta tese reúne as organizações do PSOL: Insurgência, Insurgência Reconstrução Democrática, Maloka Socialista, Subverta e militantes independentes.

Em Volta Redonda, como em todo o território estadual e nacional, firmamos nosso compromisso na luta por um PSOL cada vez mais engajado nas lutas e inserido nos movimentos sociais, pois acreditamos que é assim que se constrói um partido mais democrático, interiorizado, participativo e popular. É marca de nossa atuação política e construção partidária, a defesa de um programa anticapitalista e ecossocialista, por uma construção de consciência com o povo e não para ele, pois é assim que se constrói uma sociedade engajada nas lutas sociais.

Conjuntura Internacional e Nacional e a necessidade de um novo modelo:


A Ofensiva da Extrema Direita e a Defesa da Democracia


Vivemos um momento histórico marcado pelo avanço de forças ultraconservadoras e autoritárias, tanto no Brasil quanto no mundo. A ascensão de líderes como Donald Trump e a expansão de movimentos neonazistas e fascistas evidenciam um cenário de retrocessos democráticos, alimentados por discursos de ódio, desinformação e ataques às instituições.

No Brasil, apesar da derrota do bolsonarismo nas urnas em 2022, vimos seu crescimento, a partir das emendas pix e do fortalecimento de currais eleitorais que elegeram, por todos os municípios e também em Volta Redonda, políticos conservadores que promovem retrocessos nos direitos da classe trabalhadora.

A política de conciliação de classes do PT, apesar de alguns avanços, mostrou-se insuficiente para conter a extrema direita. Pelo contrário, permitiu que setores reacionários se fortalecessem, explorando fragilidades do sistema democrático. Os atos terroristas de 8 de janeiro de 2023 são um alerta: a democracia brasileira, embora resistente, permanece sob constante ameaça. Por um PSOL unitário para enfrentar o conservadorismo e nas ruas para exigir políticas públicas inovadoras para o povo trabalhador precarizado, explorado por este Sistema Capitalista que só pensa em lucro. Neste sentido, defendemos o fim da jornada de trabalho 6x1 e a taxação das grandes riquezas.

A vitória de Trump nos EUA reforça o desejo da extrema-direita em âmbito nacional. Por isso, é fundamental que em cada bairro, em cada município estejamos presentes para fazer o debate político, para mostrarmos o risco que corremos caso a extrema-direita retorne ao poder no Brasil.

Em Volta Redonda, o cenário não é diferente. Para entender isso, basta observar a conformação da Câmara de vereadoras e vereadores e seu compromisso com um governo que retira direitos e governa para os empresários dos mais diversos ramos.

Neste sentido, é fundamental que o PSOL esteja nas frentes de esquerda e componha os mais diversos movimentos de luta contra o fascismo na cidade, pois a derrota dos fascistas começa no território que ocupamos.

Assim como o mundo, Volta Redonda sofre impactos das crises econômicas e climáticas. Apesar de o poder público se orgulhar da situação econômica no município, o que vemos nas ruas é a luta diária da classe trabalhadora pela sobrevivência, uma vez que há uma precarização das atividades trabalhistas e uma profunda desvalorização salarial, o que gera, apesar da empregabilidade, uma insatisfação constante, além da estafa e da sobrecarga. Como denunciamos há anos, a poluição na cidade é um problema gravíssimo e que deve ser enfrentado nas ruas e na política institucional, a partir da representação de nossos quadros políticos nas esferas estadual e federal. Oriundo da poluição, o desequilíbrio climático nos afeta a partir de períodos prolongados de estiagem e de chuvas torrenciais concentradas em pequeno período temporal, o que causa diversos transtornos,

principalmente para a população mais vulnerável.

O que estamos passando é um colapso climático, os recordes de temperatura são frequentes e a urgência por uma nova forma de produzir e consumir é latente. É preciso seguir defendendo a demarcação das terras indígenas, os modos de vida das comunidades indígenas contribuem para a

conservação dos biomas e são fundamentais para minimizar os avanços das mudanças climáticas no mundo e o combate ao aquecimento global. O saldo do primeiro ano do governo Lula (2023) foram apenas oito Terras Indígenas homologadas, três identificadas e nenhuma declarada. Assim, o Brasil sai de um jejum de cinco anos sem demarcações, chegando ao total de 511 TIs com processos de demarcação finalizados. Mas, ainda faltam 255 Terras Indígenas com seu processo de demarcação já iniciado e não finalizado (https://www.socioambiental.org/noticias-socioambientais/por-que￾demarcacao-de-terras-indigenas-nao-avanca￾entenda#:~:text=Assim%2C%20o%20Brasil%20sai%20de,j%C3%A1%20iniciado%20e%20n%C3

%A3o%20finalizado.)

A reforma agrária é outro ponto crucial, devemos fortalecer e defender o MST em todos os espaços, seguindo pressionando o governo. Por essas e outras, é fundamental que nosso partido, em Volta Redonda, concentre esforços para denunciar a exploração e as mazelas causadas pelo “neoliberalismo 2.0” que se mostra esgotado, mas que força o estado a reduzir investimentos na proteção e em programas de promoção social.

Volta Redonda continua polarizada, mas dominada pelo Netismo. Que PSOL Volta Redonda queremos?

Como vimos nos últimos 7 anos, nossa cidade continua polarizada entre a extrema-direita e o petismo. No entanto, há um fator que reduz esta polarização: a influência de Neto. Isso se comprova nas duas últimas eleições municipais. Neste sentido, a tarefa do PSOL é árdua e complexa, pois temos que tentar desconstruir a ameaça da extrema-direita e, ao mesmo tempo, lidar com o coronelismo de Neto que retira direitos dos servidores públicos e abandona os mais vulneráveis, promovendo serviços populistas e pouco úteis para a população.

Nos últimos 9 anos, não titubeamos. Estivemos sempre do lado certo da história, o que não significa que não necessitemos refletir sobre o quadro eleitoral ocorrido em 2024 em nosso município e também acerca de nossa atuação coletiva durante os últimos governos na cidade. Em 2020, tivemos o resultado mais expressivo da esquerda no pleito municipal. Com poucos recursos, fizemos uma campanha militante que nos consolidou como a esquerda mais bem votada na cidade. Em 2024, por conta da conjuntura, optamos COLETIVAMENTE por compor a chapa majoritária com o Partido dos Trabalhadores, o que também culminou na candidatura de esquerda mais votada, mas que, infelizmente, se mostrou insuficiente para o resultado eleitoral.

Para além das urnas, sempre estivemos nas ruas, pois atuamos diretamente dentro e com os movimentos sociais. A disposição para a luta, a necessidade de manutenção de nossa independência de atuação, nossa construção política unitária na divergência devem ser pilares para a condução do diretório municipal, sempre a partir do diálogo interno e externo, buscando consensos e evitando o sectarismo e o isolamento político na cidade.

Esta linha correta de atuação justifica o crescimento do partido na cidade tanto em relação ao resultado de nossas candidaturas proporcionais em 2024 quanto em relação à ampliação do número de filiados no município. É neste sentido que reiteramos que o PSOL deve permanecer na cidade sendo referência na luta contra as opressões e como o partido que acolhe e é composto pela comunidade negra, pelos profissionais da educação, pela comunidade LGBTQIA+, pelas pessoas com deficiência, por aquelas e aqueles militantes que sonham como uma cidade para todas, "todes" e todos.

Mas enfrentamos derrotas significativas como em todo o país. Isso precisa nos acender um alerta: A extrema-direita, organizada e financiada pelos ricos e pelo orçamento secreto, aproveitou-se de um campo progressista fragmentado e desmobilizado. Ou compreendemos isso e radicalizamos a luta, sem sermos sectários, ou veremos a extrema-direita retornar ao poder em 2026.


Em Volta Redonda, somaram-se a esse cenário, desafios específicos:


1. Crise do Fundo Partidário: a dificuldade na comunicação e entendimento sobre a distribuição do fundo levou o PSOL a uma fragmentação sem precedente na construção do partido no município.


2. Polarização Interna: Com o crescimento do PSOL Volta Redonda e dos campos políticos que militam em nosso município, há uma dificuldade maior de chegarmos a consensos.


3. Campanha Eleitoral Desgastada: a falta de investimento e apatia do PT no estado do Rio de Janeiro, especialmente em Volta Redonda, sobrecarregou a militância do PSOL, especialmente da nossa presidenta, que assumiu tarefas que deveriam ter sido compartilhadas.

Esses fatores resultaram em um momento de retração, distanciamento das bases populares e perda de relevância nas lutas sociais da região.


Proposta de Superação: Unidade, Reorganização e Luta


Para superar esses desafios, propomos um caminho de reconstrução baseado na unidade, na reorganização interna e no fortalecimento da presença do PSOL nas lutas sociais, ambientais, em defesa dos direitos culturais, educacionais e políticos de Volta Redonda.


1. Chapa de Unidade: formar uma chapa ampla e representativa, que inclua todas as correntes e lideranças locais, garantindo a pluralidade de vozes, a diversidade e a negritude que caracterizam o PSOL.

2. Liderança Renovada: é necessário renovarmos a presidência do partido. Reconhecemos o trabalho desempenhado pela companheira Adriana Bitencourt a quem agradecemos a disponibilidade e disposição diante desta tarefa fundamental. Diante disso, sinalizamos que é importante nos renovarmos e criarmos quadros públicos que assumam a responsabilidade da tarefa de comandar o partido na cidade.

Desejamos que a nova presidência esteja conectada com os movimentos sociais e tenha uma trajetória e compromisso com as causas populares e defenda firmemente as bandeiras de nosso partido.

Um PSOL Presente nas Lutas e nas Ruas Defendemos um PSOL mais próximo das bases populares, atuante durante todo o ano e não apenas em períodos eleitorais.


Para isso, propomos:


3- Reaproximação com as Periferias: intensificar o trabalho de base junto às escolas e faculdades, nas comunidades mais vulneráveis, dialogando diretamente com trabalhadores\as, jovens e movimentos sociais.


4- Sede Física: estabelecer um espaço fixo para o partido em Volta Redonda, que sirva como ponto de encontro para reuniões, formação política e atividades culturais, fortalecendo o vínculo com a militância e a população.


5- Financiamento e Estrutura: garantir recursos para a atuação do partido e de seus militantes, para potencializar a mobilização e a ação política, mantendo a conta que temos no nome do Samuel.


6- Fortalecimento das Lutas Locais: estar presente nas lutas que mobilizam a população, defendendo pautas como transporte público de qualidade com energia limpa, acesso universal à saúde e à educação de qualidade, direitos trabalhistas e políticas públicas inclusivas.


Por um PSOL Unido e Militante


Esta TESE é um chamado à militância do PSOL em Volta Redonda para superar as divisões internas e unirmos em torno de um objetivo comum: a construção de um partido forte, presente nas lutas sociais e conectado com as demandas da população.

Acreditamos que, com unidade, organização e trabalho coletivo, o PSOL pode retomar seu papel de destaque na construção de um projeto político transformador para nossa cidade e região. É hora de reconstruirmos um PSOL das bases, militante, inserido nas lutas sociais e preparado para enfrentar os desafios do presente e do futuro.

O nosso grande desafio é justamente criar uma vontade coletiva e universalista que se alimente das diferenças e das pluralidades como dizia Carlos Nelson Coutinho. Mas atenção! Nosso problema não é econômico, é civilizatório, portanto, as soluções demandarão: projetos, criatividade e persistência de longa duração.

A guerra necessária é em torno dos valores, portanto tem muito a ver com a cultura e a educação, mas não somente, é também política e de representatividade.

TERRA para quem mora e trabalha, TRABALHO para todos e denunciar o trabalho escravo, LIBERDADE como prega nosso partido, SOBERANIA como princípio socialista, CULTURA entendendo que o acesso à cultura é um direito, SAÚDE fortalecer o SUS, EDUCAÇÃO de qualidade para todos inclusive com autonomia pedagógica, PAZ entre nós e guerra aos senhores, SEGURANÇA sem militarização, MORADIA, lutar ao lado dos posseiros para regulamentação das áreas de posse, MOBILIDADE entendendo que o transporte público de qualidade é que dá acesso aos outros direitos, DEMOCRACIA praticada como princípio socialista, AGROECOLOGIA E ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL acessível a toda população, SUSTENTABILIDADE PARA O PLANETA E PELA VIDA, fortalecer o trabalho das cooperativas de catadoras e propor que a reciclagem faça parte do currículo escolar.

Pelo socialismo, pela democracia participativa e por todas as lutas! SOCIALISMO OU BARBÁRIE!


ASSINAM ESTA TESE:

Adriana Bitencourt da Silva

Adriana Vasconcelos

Alvaro Neiva

Alvino Correa

Anderson da Costa Xavier

André Luiz Rocha Castelo Branco

Antônio Mendonça

Bid Teixeira

Bruno P. da Silva

Carmen Lúcia N. dos Reis

Carolina Calmon

Caroline Sorrentino Braz Xavier

Diogo Garcia Viana e Silva

Ebio da Silva

Edmar Zambroni

Edson Marins

Eminny Ghazzaoui

Erica Pereira Mota

Evelyn Silva

Felipe Martins

Flavia Siqueira Lemos Leandro

Isabela da Cruz Santos Marques Chaves

Isaque Fonseca

Joaquim Matheus

Julia Igreja

Juliana Pereira de Carvalho

Juscelino Moura

Jussara Ferreira Nunes dos Reis

Leandro Bitencourt e Silva

Leon Thiago Ferreira Chaves

Liliana Siqueira Lemos

Luiz Gonzaga Pereira

Maria da Dores Pereira Mota

Marco Aurélio Ramalho Gandra

Marina Inês do Nascimento

Mario Barreto

Maristela Policiano da Silva

Mestra Arara

Neli de Sousa Bitencourt da Silva

Samuel Machado Pires

Thaiana Silva

Vinicius Carvalho Lima

Vinicius Codeço

Wilton Porciuncula



 
 
 

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