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INCLUSÃO SOCIAL PELA MÚSICA É DESTAQUE EM ESCOLA DE MÚSICA EM VOLTA REDONDA

Fotos: Divulgação

O nome não importa, seja instituto, espaço, escola, projeto, oficina, associação ou mesmo ‘espaço solo’, em Volta Redonda você vai encontrar pessoas extremamente dedicadas e qualificadas na arte de ensinar música nos diversos tons. As aulas de violão, flauta, teclado, violino, piano, entre outros instrumentos fazem nova sonoridade na vida de centenas de estudantes de música, em meio a isto a gestos de inclusão social.

O cenário de pandemia, apesar dos estragos em tantas vidas, não eliminou a determinação cuidadosa de muitos professores de música. Numa escola localizada na rua 1021 n⁰32/101, no bairro Volta Grande II, tem sido um dos exemplos de superação. A inclusão social pela música ganhou destaque.

Iniciamos no bairro Retiro em 2014, trabalhávamos apenas com crianças e adolescentes. Atualmente mais estruturado, no bairro Volta Grande II e com sala no bairro Aterrado, abrimos espaço para idosos, bebês, pessoas com deficiências, inclusive crianças autistas”, contou a professora Ana Elisa Gomes, graduada em licenciatura, maestrina, mestranda em música pela UNIRIO.

Ana Elisa, ao falar das suas experiências, informou também que, embora as apresentações públicas estivessem paradas, trabalham muito, e no dia 5 de dezembro, a ‘Orquestra de Cordas da Pink’, fruto do aprendizado dos estudantes fará sua primeira apresentação pública. Ana Elisa foi, durante 12 anos, aluna e depois, professora atuante no Projeto de Música da PMVR.

INCLUSÃO SOCIAL - “Pessoas com deficiência têm direito a aprendizagem e desenvolvimento de suas habilidades, a música possibilita um novo tom e o reforço da auto estima dessas pessoas, respeitando as limitações. Também é um incentivo à construção de independência. A música tem papel socializador. Na escola, com práticas pedagógicas condizentes buscamos desenvolver a estrutura psicomotora. Algumas crianças autistas que têm evoluído muito bem aos nossos métodos”, revelou Ana Elisa, e acrescentou: “Outro elemento importante é o de facilitar o acesso à escola com o baixo custo da mensalidade, assim fazer inclusão social. A pandemia exigiu mais de nós a dimensão solidária”, ressaltou a professora.

Fernanda Maria Faria Moreira, mãe de quatro filhos, sendo um autista descreve a superação do filho ao se encontrar com a música: “Quando descobrimos o autismo no Samuel, ele tinha dois anos, foi um grande o baque! Tentamos de tudo para animá-lo através de buscas diferentes, inclusive através de brinquedos e equipamentos diversos, alguns ele nem mexeu. Ele tinha bastante dificuldade na fala, porém cantarola. Na igreja, ficava perto do altar, gostava de sentar no primeiro banco e acompanhava os músicos de perto. A partir daí, ele maiorzinho, pensei - tenho que oferecer algo mais para ele, porém os profissionais de música que trabalham com autista são caros. O tempo passou, Samuel, com 5, 6 anos, começa a apresentar mais dificuldades motoras, fato que atrapalhava também a alfabetização. Foi ai que conhecemos a escola. Animamos com a acolhida e as facilitações, hoje Samuel, com seis meses de aula musical é outra criança. Tudo na escola ‘cheira música’. A dedicação e organização da professora Ana, são impecáveis. A dinâmica na diversidade encheu de empolgação o pequeno Samuel, tanto que começamos com uma aula semanal, hoje são duas. Sou muito grata pela dedicação, carinho e técnica da professora Ana e equipe", contou Fernanda, emocionada.

Ana Beatriz, adolescente, aprendiz de piano clássico e violino, depois de dois anos estudando na escola, já atua como monitora musical da escola, em especial para crianças e idosos. Ana, que também já fez teatro não esconde seu sonho de ser professora de música: “Tive a oportunidade de ser auxiliar em algumas aulas, e então pude ver com meus próprios olhos como a música é capaz de transformar ambientes e vidas. Na musicoterapia, por exemplo, pude sentir o quão a música pode ajudar no desenvolvimento das pessoas, desde a socialização até na coordenação motora. Me apaixonei ainda mais pela área desde então sigo buscando realizar esse sonho, dedicar-me à música", afirmou a adolescente, que também estuda no IFRJ e ainda frequenta o Pré-Vestibular Cidadão, moradora do bairro Volta Grande II.


*Fotos de arquivo cedidas e autorizadas pela direção da escola

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