EMPRESÁRIO LEO SANTOS ANALISA IMPOSTO ZERO PARA IMPORTAÇÃO DE ALIMENTOS

Medida proposta pelo Governo Federal visa conter a inflação, mas pode ter efeitos limitados

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O empresário e diretor financeiro da CDL-BM (Câmara de Dirigentes Lojistas de Barra Mansa), Leo Santos, está acompanhando atentamente a decisão do Governo Federal de zerar a alíquota do imposto de importação da cesta de alimentos básicos, como tentativa de frear a alta dos preços que tem pesado sobremaneira no bolso do consumidor. A medida, que abrange produtos como arroz, feijão, carne e massas, busca aumentar a oferta no mercado interno, tornando os produtos importados mais competitivos e, consequentemente, pressionando os preços para baixo.

Leo Santos, que é pós graduando em gestão pública, pontuou que esses produtos entram no Brasil com uma taxa que varia de 7% a 32%. “A inflação dos alimentos tem sido um dos principais desafios da economia brasileira. Em 2024 chegou a 7,69%, bem acima da alta geral dos preços que ficou em 4,83%, segundo o IPCA/IBGE. Fatores como a alta do dólar, a crise climática e os gargalos na cadeia de produção têm impactado diretamente sobre o aumento dos preços, prejudicando a população em geral, mas principalmente, as famílias de baixa renda, que estão deixando de consumir ou comprometendo cerca de 30% da sua renda com a compra de comida”.

Ainda sob a perspectiva de Leo Santos, a efetividade da zeragem do imposto de importação, somada a outras iniciativas, como o aumento da taxa básica de juros e a busca por acordos com o setor produtivo visando evitar aumentos abusivos, ainda é incerta e depende de outros fatores, entre eles, a variação do câmbio, a logística e distribuição, a reação do setor produtivo e o impacto no mercado interno.

-São condições que pesam sobre as medidas anunciadas pelo governo e que ainda precisam ser apreciadas nos próximos dias pela Câmara de Comércio Exterior e aprovada pelo órgão. Até lá, a zeragem do imposto de importação segue gerando um intenso debate entre especialistas e setores da sociedade, já que alguns defendem a medida como uma forma de garantir o acesso a alimentos básicos a preços justos, enquanto outros são contrários e argumentam que ela pode prejudicar o setor produtivo nacional e não resolver o problema da inflação em longo prazo - finalizou Leo Santos.