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DIRETOR DO ZILDA ARNS CRITICA AÇÕES SOBRE INSTALAÇÃO DE HOSPITAL DE CAMPANHA EM VR

Ivan Montenegro teceu críticas sobre a não abertura de vagas permanentes de leitos públicos de enfermaria e UTI no município

Foto: Gazeta dos Bairros

O diretor médico do Hospital Zilda Arns (Hospital Regional), Ivan Montenegro, expôs a situação referente à Covid-19, na região e, em especial, em Volta Redonda. Ele teceu diversas críticas, na tribuna da Câmara Municipal de Volta Redonda, na noite de terça-feira (21/07), às ações do governo municipal com relação à disponibilização de tratamento à doença e sobre a não abertura de vagas permanentes de leitos públicos de Enfermaria e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no antigo Hospital Santa Margarida (atual Centro de Municipal de Saúde).

O médico, que estava a convite do vereador Rodrigo Furtado (PSC), pôde ser questionado sobre as situações que envolveram a recusa em receber pacientes infectados pelo coronavírus, moradores de Volta Redonda. Ainda sobre UTI, Ivan Montenegro criticou a administração municipal pelo não investimento e utilização do antigo prédio do Santa Margarida, como hospital para Covid-19, com leitos de UTI e enfermaria, ao invés de alugar o Hospital de Campanha, no Estádio Sylvio Raulino de Oliveira (Estádio da Cidadania).

"Nosso prefeito perdeu uma oportunidade de ouro, ao investir R$ 11 milhões no Hospital Santa Margarida, onde existe um Centro de Terapia Intensiva (CTI) fantástico. Ele poderia ter feito daquele hospital um posto permanente para tratar, não só a Covid-19, como outras doenças que virão pela frente", avaliou o diretor do Hospital Regional.

Ivan Montenegro, que já esteve à frente do Hospital São João Batista (hoje administrado pela Organização Social Nova Esperança), lembrou sobre o quantitativo de leitos necessários para atender à população deve se basear nas determinações de uma resolução do Ministério da Saúde.

- Desde 2002, data em que foi editada esta resolução que dispõe sobre a quantidades de leitos que uma cidade deve ter, ela determina que sejam entre 2,5 a três leitos para cada 1 mil habitantes. Esse valor, no caso de Volta Redonda, seriam 300 leitos, sendo que 10% deles deveriam ser de UTI. Não vale incluir neste contexto o Centro de Assistência Intermediária de Saúde (Cais), dos bairros Aterrado e Conforto, e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA-Santo Agostinho), pois não são hospitais, e sim, pronto socorro -, afirmou Montenegro.

Segundo o diretor do Hospital Regional, Volta Redonda tem atualmente 15 leitos de UTI, sendo nove no Hospital São João Batista (HSJB) e outros seis no Hospital Municipal Munir Rafful (HMMR-Retiro). Montenegro esclareceu que com a entrada em operação do Hospital Zilda Arns, a região ganhou 80 leitos de UTI e 229 de enfermaria. "A população aumenta e as doenças também aumentam, demandando novos tipos de tratamentos e de medicamentos, todos mais custosos para o Sistema Único de Saúde", disse Montenegro, acrescentando que "a cidade está atrasada nas questões de saúde".

Entre os vereadores que interpelaram a explanação de Montenegro e, ao contrário do médico, enalteceu o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo atual governo, o vereador e já declarado candidato a pré-candidato a prefeito da cidade, Maurício Pessoa (PSD), lembrou que a cidade, historicamente, atende a 40% de pacientes de outros municípios. "Entendo as dificuldades dos administradores dos hospitais da região, mas há anos temos visto que os prefeitos das outras cidades investem na compra de ambulâncias, para que os pacientes possam ser transferidos, seja para a capital, ou para o Hospital São João Batista, que é uma referência no Estado do Rio", lembrou o parlamentar.

O vereador Sidney Teixeira, o Dinho (Patriota), também comentou sobre a fala do diretor do hospital regional, e se disse preocupado. "Se o que o senhor diz é o atual cenário, muito me preocupa sobre o que poderemos ter de problemas na área de saúde, nos próximos meses. Essa Casa Legislativa precisa adotar uma postura mais incisiva para que nossa população não sofra ainda mais", previu Dinho.

A reportagem da Gazeta dos Bairros entrou em contato com a Secretaria de Comunicação (Secom) do governo municipal na manhã desta quarta-feira (22/07), para que o gestor comentasse sobre as críticas do diretor do Hospital Zilda Arns. Entretanto, até o fechamento desta reportagem, não houve retorno.


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