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PANDEMIA AFETA AGÊNCIAS DE TURISMO E ADIA VIAGENS

Empresária volta-redondense explica que situação fez com que todo o mercado de turismo ficasse parado

Foto: Reprodução/Google Maps

O percentual de operadoras de turismo que não realizou nenhuma venda chegou a 54% em abril, informou a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa). O cenário representa uma situação mais grave que a de março, quando 45% das empresas do setor não venderam nenhum pacote.

Em Volta Redonda, uma das empresas afetadas diretamente com a adoção do isolamento social foi a Gold Way Viagens e Turismo Ltda, localizada na Rua 16, nº 99, na Vila Santa Cecília. A empresária e agente de turismo, Myriam de Araújo Silveira, explicou que a situação fez com que todo o mercado de turismo ficasse parado.

"A grande maioria dos nossos clientes, por mais que tenhamos conversado para que adiassem as viagens, optaram por cancelar as reservas. A maioria tinha a expectativa de curtir férias em dias determinados, e essas agendas foram canceladas. Elas perderam a oportunidade e não tinham, naquela ocasião, como remarcar as férias já perdidas, para um futuro próximo. Até por que lojas, shoppings, o comércio em geral, estão ainda fechados e poucos abrindo de forma lenta. Isso influencia na estadia dos turistas em cidades escolhidas como destino. Sem contar o risco do contágio pelo novo coronavírus (Covid-19)", explicou Myriam.

Ainda segundo a empresária, com esse período de paralisação no setor de turismo, não há uma expectativa mais forte, por parte dela, quanto ao retorno breve. "Não vou desistir do meu trabalho, pois tenho que preservá-lo. Mas, é uma situação que não sabemos quando vamos recuperar o que perdemos neste período. Mesmo com uma esperança de que volte a funcionar, e que a demanda retraída se apresente, é uma coisa muito subjetiva", relatou.

Myriam de Araújo revelou que alguns clientes até teriam remarcado as viagens já agendadas para outra ocasião.

- Infelizmente, as empresas aéreas cancelaram os voos, mesmo com remarcação feita. Não sabemos até quando isto vai permanecer. Sabemos que há laboratórios e cientistas em busca de medicamentos, vacinas, entre outros, para conter este mal, mas ainda é tudo muito incerto -, avaliou a empresária.

Myriam afirmou ainda que os impactos nos negócios fizeram com que ela mantivesse a loja fechada, já que não haviam clientes procurando por pacotes turísticos. Não tivemos vendas de nenhum destino neste período de pandemia, e estamos trabalhando independente de o comércio em geral abrir ou permanecer fechado. Não estamos fazendo nada, pois ninguém está comprando. Queremos vender, mas não há clientes, concluiu resignada a empresária.

CENÁRIO - As operadoras de turismo são empresas que montam pacotes e programas de viagens vendidos a consumidores pelas agências de viagens. O fraco desempenho das vendas em abril deve representar perda de R$ 1,08 bilhão para o setor, estima a associação.

A Braztoa compara que, para oito em dez empresas, o faturamento mensal foi equivalente a menos de 10% do registrado no mesmo mês do ano passado.

A expectativa é que as perdas totais do segmento em 2020 possam chegar a R$ 11,3 bilhões, o que corresponde a 75% do faturamento de 2019, que somou R$ 15,1 bilhões.

As vendas realizadas em abril foram principalmente para o segundo semestre de 2020 e para o ano que vem. Apenas 24% das empresas que conseguiram vender comercializaram algum pacote com embarque até julho.

LENTAMENTE - O setor prevê que a retomada das viagens internacionais será mais lenta que a dos embarques domésticos. Acrescenta que 58% das operadoras acreditam que vão vender pacotes nacionais no segundo semestre, enquanto 50% preveem que seja possível comercializar pacotes internacionais.

A pesquisa, divulgada na quarta-feira (27/05), foi realizada em parceria com o Laboratório de Estudos em Sustentabilidade e Turismo da Universidade de Brasília (Lets/UnB), que também analisou o comportamento dos viajantes daqui para frente.

Os pesquisadores entrevistaram 1.136 pessoas de todos os estados. Elas realizaram mais de dez viagens nacionais nos últimos cinco anos. E 78% dos entrevistados também fizeram ao menos uma viagem internacional nos últimos cinco anos. A maioria dos participantes da pesquisa é de mulheres (70%), com alto nível de formação (predominantemente pós-graduação e ensino superior completo) e idade média de 41 anos.

Mais da metade dos entrevistados (56%) considera que o risco de se infectar em uma viagem em 2020 é alto. Segundo as respostas, 60% dessas pessoas alteraram planos de viagem em 2020 por causa da pandemia, sendo que 56% adiaram os planos e 36% cancelaram. Para 2021, 82% disseram ter a intenção de viajar e 76% afirmam não ter alterados seus planos.

Questões sanitárias foram consideradas primordiais para as viagens daqui para frente, e os entrevistados listaram que "segurança e ausência de risco à saúde" são os quesitos mais importantes que avaliarão na hora de decidir viajar, seguidos por vacina para a covid-19, estabilidade financeira e controle sanitário.


Com Agência Brasil

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