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EX-SERVIDORA ACUSA PREFEITO DE AMEAÇÁ-LA E REGISTRA NA 93ª DP

Relato de mulher aponta que suposta ameaça teria sido "direcionada por intermédio de um assessor especial"

Foto: Arquivo - Gazeta dos Bairros

Em meio a pressão pelo combate à Covid-19, e não menos pressionado pelos empresários e comerciantes para que autorize a flexibilização das medidas de confinamento social, objetivando a abertura do comércio local, além de envolver-se na questão de suspeita de prática de corrupção por parte de um vereador, o prefeito e gestor municipal, Elderson da Silva, o Samuca (PSC), deve ter se surpreendido no dia 20 de abril com uma denúncia por suposta prática de ameaça, registrada na 93º Delegacia de Polícia Civil de Volta Redonda, e que recebeu pré-registro nº 0932020/159555-08, por meio de ocorrência virtual na delegacia 'online'. A denúncia foi registrada por uma ex-servidora da prefeitura, e relata uma suposta ameaça, por meio de ligação por aplicativo, que teria sido "direcionada a mando do prefeito através de um dos assessores (identificado na denúncia)".

A denunciante, que preferiu não ter o nome revelado, por temer pela integridade dela e da família, foi exonerada do cargo que ocupava na gestão atual, a cerca de cinco meses e, segundo ela, "não possui vínculo político ou de trabalho com a prefeitura desde então".

No relato da ex-servidora, "após compartilhar um vídeo com um grupo de aplicativo (whatsapp), intitulado 'Acorda VR', um assessor especial do prefeito, e que ela afirmou conhecê-lo, entrou em contato com a mesma, "transmitindo uma mensagem a mando do prefeito. O vídeo em questão era uma crítica ao decreto que obrigava, sob pena de multa, o uso de máscaras em função da pandemia da Covid-19.

Segundo ela, na ligação feita pelo assessor, o chefe do executivo teria dito para ele informá-la "ter tomado conhecimento que a mesma estava publicando em grupos da cidade vídeos contra sua gestão, e teria feito a seguinte ameaça: “vou partir pra cima dela”, revelou a ex-servidora. Tal atitude supostamente adotada pelo prefeito, segundo ela, "foi suficiente para coagi-la, afim de que não se expressasse mais sobre assuntos governamentais".

Sentindo-se ameaçada, a ex-servidora disse ter feito contato com um segundo assessor especial do prefeito, com a qual mantinha relação profissional enquanto atuou no governo, relatando que estava com medo, "mas que se não fosse essa a intenção do prefeito, bastava ele se posicionar afim de tranquilizá-la ou, caso contrário, ela faria o boletim de ocorrência por temer ataques a ela ou a sua família.

Como o prefeito, nem os assessores deram retorno às dúvidas, ela procurou da Polícia Civil e lavrou o registro do 93ª DP, no bairro Aterrado, em Volta Redonda.

“Mesmo sendo ex-servidora, posso me expressar publicamente sobre o que concordo ou não. Sou uma cidadã comum. Eu saí da prefeitura silenciosamente, nem as verbas rescisórias que me eram de direito o prefeito pagou. Nunca me pronunciei. É um absurdo ser ameaçada desta forma. Não estamos sob o domínio de uma ditadura, e ele (prefeito) precisa agir como o gestor que diz ser, e ter equilíbrio para lidar com as pessoas. Essa é, de fato, a maior dificuldade que vi no prefeito, enquanto trabalhei próximo a ele. Só quero me proteger, afinal é o maior cargo político da cidade”, desabafou a ex-servidora.

Ainda segundo a ela, o caso também será protocolado no Ministério Público Estadual (MP-RJ), com a finalidade de se proteger, bem como manter sua identidade preservada.

A reportagem do Portal Gazeta dos Bairros enviou à Assessoria de Comunicação do Governo solicitação de resposta para o caso, inclusive para que os citados pela ex-servidores pudessem esclarecer os fatos, mas até o momento, nenhuma resposta foi encaminhada. Tão logo tenhamos retorno, atualizaremos a reportagem.


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