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FIRJAN DEFENDE CORTE DE JUROS PELO COPOM AINDA ESTA SEMANA

Federação acredita ser o mais adequado diante de pandemia do coronavírus

Foto : Antônio Batalha/Firjan

Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan


No momento atual, políticas que ofereçam estabilidade monetária e financeira são necessárias para sustentar a economia e mitigar qualquer problema futuro de liquidez. Aperto nas condições financeiras pode se tornar um empecilho para a economia, uma vez que levaria o empresário a adiar decisões de investimento e os indivíduos a postergarem consumo por não se sentirem seguros financeiramente.

Nesse sentido, a diretoria da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) entende que um corte dos juros de 75 pontos-base na reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) desta semana é o mais adequado neste momento, levando em conta a atual crise gerada pela pandemia do novo coronavírus.

Essa medida não colocará em risco a meta de inflação estabelecida, uma vez que as expectativas de inflação e de crescimento econômico já caíram significativamente na última semana. Além disso, o Copom precisa seguir monitorando os efeitos diretos e indiretos sobre a economia e não hesitar em novos cortes da taxa de juros em reuniões extraordinárias caso a crise se agrave.

EXPECTATIVA - A Firjan divulgou no domingo (15/03) que reduziu a expectativa para o crescimento da economia brasileira em 2020 de 1,8% para 1,2% devido aos efeitos econômicos do coronavírus e à redução da cotação internacional do barril de petróleo, que caiu pela metade em 2020.

Para sustentar a produção nacional, especialmente das pequenas e médias empresas, nesse cenário adverso, a federação elaborou uma série de propostas ao governo federal, como prorrogação do pagamento de tributos e do prazo para a apresentação das obrigações acessórias e flexibilização provisória dos custos trabalhistas.

A entidade pede, por exemplo, que empresas possam determinar que trabalhadores com mais de 60 anos trabalhem remotamente e que as companhias possam, de modo unilateral, import férias coletivas a seus funcionários.

Segundo o presidente da entidade, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, o principal socorro deve vir dos bancos públicos, com flexibilização e aumento da concessão de crédito.

"Temos um problema de liquidez, precisamos que o mercado seja irrigado com recursos. É preciso que bancos sejam mais ousados no crédito. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Caixa (Econômica Federal) têm um índice de Basileia menor que o mercado. Gostaríamos que eles fossem mais ousados."

O índice de Basileia mede o nível de capital próprio do banco e sua capacidade de ampliar a oferta de empréstimos a clientes, já que, para emprestar, o banco tem que manter recursos em caixa para fazer frente a possíveis calotes.

O mínimo exigido pelo acordo internacional de Basileia é de 11%. A Caixa Econômica Federal e o BNDES terminaram 2019 com 19% e 36,8%, respectivamente.


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