RODRIGO FURTADO BUSCA APOIO PARA REDUZIR ESCÓRIA DE ALTO-FORNO EM PÁTIO NO BRASILÂNDIA
O vereador coordena as ações de fiscalização desde junho de 2018; resultados positivos já foram contabilizados no período
Foto: Divulgação
Rodrigo Furtado conversa com deputado Julianelli sobre ações conjuntas para dar solução ao problema
O vereador Rodrigo Furtado (PTC) esteve na tarde desta quinta-feira (31) na sede do Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (Gaema), no Rio de Janeiro, para buscar apoio na fiscalização do cumprimento da liminar que determinou a redução do nível de escória oriunda da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e armazenada no pátio do bairro Brasilândia, gerido pela Harsco Metals. Durante a conversa com o promotor Plínio Araújo, o parlamentar obteve informações importantes para o andamento das ações.
Para cada tonelada de aço produzida pelo setor siderúrgico, meia tonelada de subprodutos e resíduos são gerados. A sobra, que no passado era considerado problema sério para as siderúrgicas, atualmente passou a ser fonte de lucro. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por exemplo, tinha em 2002, segundo reportagem no 'Jornal do Commercio', na época, "previsão de um aumento entre 20% e 30% na receita com a comercialização de resíduos e sobras do processo de produção, ante um faturamento de R$ 82 milhões no ano anterior", publicou o periódico.
Ainda segundo a reportagem, a empresa "produziu anualmente 2 milhões de toneladas dos dois resíduos, sendo 1,4 milhão de toneladas de escória de alto-forno". Entre os vários subprodutos obtidos a partir da escória do Alto-Forno, são citados o alcatrão. Subproduto da coqueria, ele é usado para produzir piche, que por sua vez é utilizado pelas indústrias de alumínio.
Rodrigo Furtado é presidente da Comissão Especial, criada pela Câmara Municipal, com o intuito de apurar as possíveis irregularidades na estocagem do material e amparar, na qualidade de 'amicus curiae' (amigo da corte), o trabalho desenvolvido pelo órgãos fiscalizadores.
- Estamos buscando apoio para dar uma pronta resposta à população. Não podemos esperar que aconteça uma tragédia em nossa cidade. É preciso planejar soluções para que a situação não se agrave. Temos exemplos tristes das consequências de ações omissas e irresponsáveis. Os interesses privados não podem ser mais importantes que a qualidade de vida e a segurança dos voltarredondenses - frisou, o vereador.
O parlamentar também se reuniu com o deputado estadual Gláucio Julianelli (PSB), que integrou por quatro anos a Comissão Ambiente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) e militou pela questão ambiental no Sul Fluminense. Em julho do ano passado, o deputado participou de uma vistoria no pátio do Brasilândia, acompanhado dos demais membros do grupo, do próprio vereador e de técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea).
Rodrigo contabilizou os resultados positivos até o momento, citando o Termo de Ajuste de Conduta (TAC) de R$ 300 milhões assinado pela CSN como principal conquista, desde o início das ações, mas confessou que a luta é árdua e que ainda há muito trabalho pela frente.
- Permanecemos preocupados com a questão ambiental e com as consequências negativas geradas aos moradores, sobretudo dos bairros mais próximos. Vamos continuar trabalhando para que em breve possamos contabilizar ainda mais resultados positivos. Precisamos incentivar a cultura do desenvolvimento sustentável. É uma necessidade urgente, que será determinante para a preservação do meio ambiente durante os próximos anos – ressaltou.