SIDNEY DINHO BUSCA PRÉ-CANDIDATURA À ALERJ
Vereador afirma que momento atual é preocupante, mas nada que o tire do propósito de almejar e lutar para que as necessidades da população sejam garantidas
Foto: Jacy Coimbra Menezes

As demandas de uma sociedade que busca a felicidade, o viver tranquilo e seguro, contando com o apoio do Poder Público no dia a dia, é constante. Principalmente em períodos de crise econômica, acompanhada de conflitos políticos e sociais como os atuais. E pensando neste cenário, ou na busca de soluções para eles, é que o vereador Sidney Dinho (Patriota) se revela pré-candidato a uma das 70 vagas de deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Sidney Dinho avalia que a insatisfação da população com o momento atual é preocupante, mas nada que o tire do propósito de almejar e lutar para que as necessidades da população sejam atendidas pelo poder público, mesmo havendo quem se disponha em dificultar. Saiba um pouco mais sobre o parlamentar que é servidor público da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Seseg), sendo policial reformado do 28º Batalhão da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ).
Nome: Welderson Sidney da Silva Teixeira
Apelido Político: Sidney “Dinho”
Natural: Volta Redonda-RJ
Idade: 47 anos
Hobby: Jogar futebol
Estado Civil: Casado
Filhos: Dois
Grau de Instrução: Superior Completo (Direito – UBM)
Profissão: Servidor Público Estadual
Mandatos: Dois consecutivos (2012-2016 e 2017-2020)
Em quais partidos já foi filiado: Partido Ecológico Nacional (PEN) / Patriota
1 - Por que o desejo de disputar uma vaga na Alerj, num momento tão complexo da política no Estado do Rio e no Brasil?
Eu acredito que o cenário político do país, por si só, já nos demonstra algumas tendências das pessoas em não querer votar em quem já vem, ao longo do tempo, em cargo público eletivo. Penso que o nosso estado do Rio passou e passa por um momento de afundamento financeiro, em razão dos atos de corrupção que foram cometidos recentemente, da crise econômica e social propriamente dita, e também em razão da queda do preço do barril do petróleo. Enfim, nossa ideia é de poder, se lá chegarmos, contribuir para que de alguma forma, nosso estado tenha o resgate financeiro e volte a ser um estado forte, financeiramente falando, e que consiga voltar a ter parceria com os 92 municípios, e fortalece-los. Todos sabem que em nosso sistema federativo os municípios não sobrevivem sem a ajuda financeira do Estado e da União, com repasses provenientes das emendas parlamentares ao orçamento, sejam elas estadual ou federal. Nossa ideia é somar forças para que haja recuperação fiscal e financeira e que possamos retomar a impulsionar a Educação, Saúde e a Segurança.
2 – Quais as vantagens de sua representatividade para Volta Redonda região?
Hoje, há uma carência, uma lacuna em razão dos acontecimentos. Tínhamos deputados estaduais titulares e suplentes que, por questões já conhecidas, ficaram impossibilitados de dar sequência aos mandatos, como poderiam e deveriam. Volta Redonda chegou a ter cinco representantes parlamentares federais e estaduais, sendo três na Câmara Federal e outros dois na Alerj. A cidade continua com potencial para obter isso novamente. E, por isso, coloco meu nome à disposição para que, se a população entender que merecemos o voto de confiança, tenho o objetivo de trabalhar na Alerj pelo estado do Rio de Janeiro. Quando nos elegemos como vereador, trabalhamos por uma cidade. Agora, quando estivermos deputado estadual, trabalharemos por todas as cidades do Estado, claro que com um olhar bem mais regionalizado. Tenho em mente me dedicar, caso me seja concedida esta oportunidade, ao investimento para desenvolver ainda mais a Saúde, a Segurança e a Educação para nossa região, não nos esquecendo da nossa vizinha Costa Verde.
3 – Como o senhor avalia a situação da cidade de VR?
Volto a lembrar de que a ausência de recursos com que os prefeitos trabalham atualmente tem doído muito na pele dos cidadãos que utilizam o serviço público. Se visitarmos algumas escolas, postos de saúde, hospitais da nossa região, veremos que houve, de 2015 para cá, um enfraquecimento de todos os setores de “cabo a rabo”. Um enfraquecimento na valorização do profissional, nas condições de trabalho, nos meios e condições para prestar o serviço com qualidade, e pelas instalações inadequadas, falta de manutenção, e muito se dá pela falta de recursos. É certo que os municípios recebem repasses dos Estados e da União, mas estas verbas são insuficientes, pois os municípios precisam aplicar recursos próprios e, mesmo assim, não conseguem dar conta. Não tem como oferecer serviços públicos com qualidade sem recursos.
Cada um dos deputados eleitos, nas próximas eleições, terá que ter consciência de que todos os 92 municípios precisam ser ajudados. Neste sistema federativo, com esta elevada carga tributária, todos os municípios estão nas mãos do governo federal. Quem for o deputado federal ou estadual eleito precisa ter em mente que será importante direcionar recursos da União e, consequentemente do governo estadual, para os municípios. Isso, até que seja concluída esta recuperação fiscal.
4- Que projetos estariam dentro de sua visão estratégica para a região?
Volto a dizer que a carga tributária sobre os que investem, geram empregos, e possibilitam condição de sobrevivência nas residências da população, ela é muito alta. Creio e defendo que seja feito um grande e minucioso estudo sobre o que cerca esta carga tributária. Nós assistimos nos últimos governos que inúmeras empresas de fora se instalarem em nosso estado por meio de incentivos fiscais. Tínhamos e temos empresas tradicionais e historicamente instaladas em nosso estado, sendo tratadas como sempre foram desde as suas inaugurações. Eu acredito que este não foi e não é um tratamento igualitário e penso que devemos desonerar que realmente ajuda. Se fizerem uma pesquisa junto a Receita Estadual, vão perceber que os micros e pequenos pagam o que devem. Agora, os grandes conglomerados empresariais não pagam e geram longas demandas judiciais para que paguem por meio de acordos, de forma parcelada, e com perdão fiscal sobre as multas e juros. Este tratamento não é oferecido aos menores investidores que, volto a dizer, cumprem com suas obrigações fiscais todos os meses. Se a os deputados da próxima legislatura da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) conseguirem fazer com que os grandes empresários paguem o que devem, já estaremos tendo um grande avanço na recuperação do nosso estado. Quero deixar claro que não sou contra conceder o incentivo para empresas que gerem emprego. Mas, temos que colocar na balança o custo/benefício desse incentivo para o cidadão do estado. Quanto vai custar a concessão desse incentivo e qual será o benefício disso? Se o custo for vezes mais oneroso que o benefício para o cidadão, esta empresa terá de ser tratada com a igualdade de situações das empresas já instaladas. Acompanhamos tantas isenções concedidas e o que temos hoje é um estado literalmente falido.
5 - Quais foram os principais projetos e ações desenvolvidas durante seu mandato de vereador por VR?
Vou citar um projeto que se destaca bem, e que apresentamos para a área de saúde. Havia um sofrimento muito grande da população de Volta Redonda pelo deslocamento de pacientes que fazem hemodiálise, para tratamento em outras cidades. Propomos e aprovamos durante o governo anterior (prefeito Antônio Francisco Neto - MDB) um projeto de instalação de um Centro de Atendimento em Hemodiálise em Volta Redonda e, neste projeto, possibilitamos a celebração de uma parceria entre o poder público e a iniciativa privada na oferta desse atendimento. Com isso, uma empresa privada, tendo garantido compromisso de ser credenciada e atender aos pacientes pelo SUS (Sistema Único de Saúde), se instalou na cidade, no bairro Retiro, por meio dessa lei de nossa autoria, sancionada pelo prefeito anterior, que ajudou muito àquela época, para que o empresário investisse mais de R$ 7 milhões. Hoje, esta clínica funciona plenamente e atende pacientes, não só de Volta Redonda, como também de outras cidades do entorno. Há de se ressaltar que houve uma redução de gastos do município com transporte de pacientes para outras cidades, objetivando este tipo de tratamento. Agora, aquele sofrimento sentido pelos pacientes e seus parentes com as viagens de ida e volta cansativas e desgastantes, foram amenizadas. Fico feliz em ter podido contribuir com isso.
Outra ação, por meio de um projeto de nossa autoria e que se tornou lei municipal, sancionada em 2017 pelo atual governo, foi a que regulamentou a atividade do comércio ambulante na cidade, que foram muito perseguidos ao longo dos últimos anos. Eles passaram por uma crise, e buscaram investir na informalidade para a sobrevivência, sendo que muitas perderam tudo, já que não tinha uma segurança jurídica regulamentada para trabalhar. Com a lei, sancionada pelo prefeito, houve mais de 150 pessoas beneficiadas, com autorizações e alvarás em definitivo. São pessoas que foram buscar na informalidade a sobrevivência, e contam com a segurança jurídica com a validade da lei.
Apesar de não pautar minha atuação parlamentar sobre estatísticas e números de projetos apresentados, gostaria também de destacar que temos que focar nossas propostas numa necessidade da população. Fiz um projeto de lei sobre estas câmeras de fiscalização para a segurança na cidade. Vivíamos um momento em que a tal “saidinha de banco” estava no auge. Fizemos um projeto para que cada estabelecimento financeiro mantivesse câmeras em todas as portas de acesso das agências, quer pelo principal acesso, ou os destinados aos funcionários. E estas câmeras poderiam ficar interligadas ao CIOSP (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública), garantindo acompanhamento do controle de segurança pública “full-time” às agências bancárias ou lotéricas.
6 – Cite dois projetos que pretende apresentar se eleito, e explique de onde poderão vir os recursos para implementá-los.
Gostaria de oportunizar a Clínica de Diálise para toda a população do Estado do Rio de Janeiro, pois seria extraordinário. Mesmo que fosse por meio da iniciativa privada, mas mantendo um convênio com o poder público, através do SUS. A regulação do atendimento aos crônicos renais é feita pelo estado, por intermédio da Secretaria de Estado de Saúde. Claro que não conseguiremos implantar esta clínica numa cidade que tenha um número de habitantes pequeno, mas podemos levá-la para um eixo de municípios e possibilitar o atendimento regionalizado, assim como está sendo feito no Sul Fluminense, a partir de Volta Redonda. Seria menos traumático para um paciente que mora em Itatiaia se deslocar para Volta Redonda, do que para Angra dos Reis ou para Três Rios, onde o atendimento também vem sendo disponibilizado.
E também temos a vontade de estender para outros municípios seria o sistema de segurança. Creio na possibilidade de que os municípios possam contar com uma legislação em que o sistema seja custeado pelo estado e pela União. A questão dos ambulantes também vai ter um olhar contínuo da minha parte, caso consiga obter essa chancela dos eleitores, já que não é peculiar de Volta Redonda, mas como em todo o estado e país.