AGRONEGÓCIO E CEASA-SUL SÃO DEBATIDOS EM EVENTO NA ACIAP-VR
Secretário Joselito Magalhães recebe ex-secretário estadual e deputado Christino Áureo em palestra sobre “Ações de Fomento do Agronegócio”.
O agronegócio no Estado do Rio de Janeiro tem exercido uma representação primordial para o fortalecimento e desenvolvimento da economia das microrregiões, uma vez que os efeitos não apenas se limitem ao mercado de produção de alimentos, mas envolvem outros agentes e processos, desde a obtenção dos insumos até a disposição final do produto. Com isso, vislumbra-se a proposta para a implantação de um Centro de Abastecimento e Comercialização de Hortifrutigranjeiros do Sul Fluminense (CEASA-SUL), como forma de integração e valorização do Agronegócio local. E foi sob esse olhar pragmático e desmistificador que o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Volta Redonda, Joselito Magalhães, recebeu no auditório da Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Volta Redonda (Aciap-VR) o ex-secretário estadual da Casa Civil e deputado estadual Christino Aureo (PP), nesta segunda-feira (11/06), para uma palestra sobre as “Ações de Fomento do Agronegócio”.
O principal objetivo da implantação do CEASA-SUL, segundo os idealizadores da proposta, “é o de baratear o valor dos produtos para ofertá-los aos consumidores e comércio locais, tais como supermercados e lojas de hortifruti”. Para isso, durante o evento foi comentado sobre o Decreto Estadual que instituiu o “Rio Alimentos”, que preconiza a isenção de impostos estaduais para produtores rurais. Um evento será realizado na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) para tratar do assunto, no próximo dia 20 de junho. O objetivo será o de esclarecer e capacitar entidades e secretarias municipais sobre o assunto.
OBSERVATÓRIO - Estiveram presentes cerca de 30 produtores rurais e empresários do setor de toda a região, onde foi mencionado que o fomento do agronegócio se relaciona nas várias perspectivas (econômica, social e ambiental) do desenvolvimento sustentável.
Joselito tem observado que a forma de fazer com que a cadeia produtiva possa se inovar com a busca de agregar valor aos alimentos comercializados a partir do setor de Agronegócios.
- É inegável que o setor confirma positiva e favoravelmente com a situação econômica e social do País, mas está enfrentando importantes desafios sobre aumento da produção e redução de impactos ambientais. – afirmou Joselito.
Ele disse à reportagem que os avanços tecnológicos têm sido aliados nesse sentido. “Ainda que distante do nível tecnológico apresentados em países desenvolvidos, a produtividade do setor tem aumentado rapidamente nos últimos anos. Com isso, temos que destacar a redução da pressão das formas de ataques ao meio ambiente”, explicou.
Participaram do evento o coordenador do Banco VR de Fomento, Nelson Kruschewsky Gonçalves; representantes do Grupo Trigo (das marcas Spoleto, Domino's e Koni); o consultor do Sebrae-RJ, Rafael Maia; produtores rurais de Quatis, Barra do Piraí, Barra Mansa, Pinheiral, Piraí, além do vereador por Barra do Piraí, Joel Tinoco (PV); e o representante da Prefeitura de Quatis, Adriano Palma Veras.
RIO RURAL - Em sua palestra, o deputado estadual Christino Áureo citou sobre a dificuldade de informação sobre os projetos existentes aos produtores. “Mantive uma conversa, dias atrás, com o deputado Nelson Gonçalves (PSD) sobre isso, e acabamos convencidos de que é uma das deficiências sobre projetos de cunho associativistas em torno dos objetivos comuns de produtores”, comentou o parlamentar.
Christino destacou o programa “Rio Rural”, do governo do estadual, que atende a 48 propriedades rurais, obtendo financiamento do Banco Mundial. “O Rio Rural é um Programa de Desenvolvimento Sustentável em Microbacias Hidrográficas, um dos destaques da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio (Seapec). Visa promover a autogestão dos recursos naturais por comunidades rurais através de práticas sustentáveis, contribui para a redução das ameaças à biodiversidade, para a reversão do processo de degradação de terras e para o aumento dos estoques de carbono na Mata Atlântica”, informou.
De uma forma didática, o ex-secretário disse que “a metodologia utilizada em microbacias hidrográficas é baseada no planejamento, monitoramento e intervenção”.
- A ideia do Rio Rural é que os agricultores familiares adotem práticas como: preservação de nascentes, proteção de matas ciliares, conservação da biodiversidade e pastoreio rotacionado - finalizou.