VITA CONFIRMA FIM DE ATIVIDADES NO CENTRO MÉDICO
A diretoria do Hospital VITA de Volta Redonda confirmou há pouco, por meio de um comunicado, o fim das atividades do Centro Médico (Vita Medical Center), pronto atendimento e internações eletivas a partir do dia 25 de maio. A decisão foi tomada, segundo a administração, em cumprimento da sentença judicial que suspendeu a desocupação do prédio do hospital até o próximo dia 16 (data em que se realizará uma audiência especial para definir o processo), proferida pelo juiz da 4ª Vara Cível de Volta Redonda, Roberto Henrique dos Reis, e expedida na noite de sexta-feira (4/05).
De acordo com o comunicado da direção, "serão mantidos até o dia 31 de julho os serviços de métodos cardiológicos, endoscopia digestiva, laboratórios de análises clínicas, banco de sangue, raio-x, ultrassonografias, tomografias computadorizadas e ressonância magnética, que são prestados por empresas terceirizadas e com autorização judicial".
A notícia sobre o encerramento dos atendimentos, divulgada em nota oficial do VITA, na tarde de quinta-feira (3/05), provocou reação imediata entre os usuários dos serviços do hospital, da sociedade volta-redondense e dos parlamentares da Câmara Municipal de Volta Redonda. O fato se agravou quando a direção da CSN acionou judicialmente a administração do VITA por falta de pagamento dos valores devidos, referentes ao aluguel do prédio do antigo "Hospital CSN".
Em seu despacho, Roberto dos Reis afirma que "a substituição do VITA, de forma a prejudicar o menos possível os usuários do hospital é desejo de todos os envolvidos...". O juiz prossegue afirmando que "...a substituição do réu (VITA) de qualquer forma irá impactar a saúde pública da região, levando-se em conta ser o maior hospital da região Sul Fluminense".
O juiz explicou ainda que a paralisação dos atendimentos poderá provocar um "colapso do sistema de saúde", já que a absorção dos pacientes deve ser suportada por um curto período, de acordo com relatório elaborado e apresentado pelo administrador judicial do hospital. O magistrado intimou os procuradores do Ministério Público Estadual e Federal, bem como a Secretaria Municipal de Saúde, a comparecerem à audiência já agendada.
No mesmo documento, Roberto dos Reis afirma que será permitido ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), caso queira, comparecer à audiência, porém sem se manifestar no processo, já que não é parte integrante do mesmo.
O presidente da Mesa Diretora da Câmara, vereador Washington Granato (PTC) convocou os demais parlamentares para discutir o assunto e buscar solução para o caso com toda a sociedade, no Plenário da Câmara. Ele definiu que na próxima segunda-feira (7/05), às 18 horas, uma grande audiência será realizada para debater o assunto. Granato solicitou apoio na divulgação participação por parte de toda a Imprensa, bem como das associações de moradores e demais entidades sindicais.