'SONDAGEM POPULAR' EXPÕE PERFIL DE CANDIDATOS PARA JOVENS ELEITORES
Entrevistados querem novos candidatos, alternância no poder e valorização das agremiações políticas, a partir de um regime presidencialista tradicional
Jehnnerson Júnior debate dados da Sondagem Popular com estudantes do "Pré-Vestibular Cidadão" e com membros do MEP-VR
A escolha de políticos sem o desgaste político, com novo perfil, porém com propostas diferentes e viáveis para o Estado do Rio e o País, são os objetivos dos cidadãos eleitores de Volta Redonda, de acordo com a sondagem popular promovida pelo Movimento Ética na Política de Volta Redonda (MEP-VR). E não fica só nisso. Os entrevistados, em sua maioria, disseram querer novos candidatos, alternância no poder, valorização das agremiações políticas, a partir de um regime presidencialista tradicional.
O resultado da sondagem popular, visando avaliar as expectativas para a escolha de candidatos e sistema de governo dos eleitores na "cidade do aço", diretamente ligadas às eleições deste ano, foi divulgado há pouco, pelos membros do MEP-VR, na sede da instituição, no bairro Niterói. Foram entrevistadas 600 pessoas de várias faixas etárias, sendo 80% de jovens entre 14 e 30 anos, entre os dias 24 e 27/04, em ambientes públicos e instituições de ensino fundamental e universitário da cidade. A apresentação dos resultados foi sucedida por um debate entre estudantes e membros do MEP-VR, coordenador da instituição, José Maria da Silva, o Zezinho.
De acordo com o resultado, 41% dos cidadãos (55% mulheres) disseram que "farão escolhas alternadas de candidatos", e 37% garantiram que "vão votar em novos candidatos".Quando o questionamento foi sobre "o que consideram mais importante nesta eleição", 46% dos entrevistados afirmaram que "o projeto político partidário" figura em primeiro lugar.
De acordo com o estudante Jehnnerson Júnior Paulino da Silva, 24 anos, aluno do "Pré-Vestibular Cidadão do MEP-VR" e morador do bairro Santa Cruz, "há uma definição pela ideia da mudança para o novo, com claras definições político-partidárias".
- Não estamos apenas falando de novos nomes, novas pessoas. Estamos enviando um sinal de que não basta ser novo no cenário político, mas com novos compromissos pautados pela coletividade. Chega de atuar em favor de grupos oligárquicos. Não podemos trocar nosso voto por qualquer que seja o valor em dinheiro, pelos próximos quatro anos - alertou Jehnnerson.
O estudante explicou que o voto direcionado ao Poder Legislativo será mais importante nas próximas eleições, do que o do Executivo."De que adianta votarmos num determinado presidente se, ao direcionarmos ao Congresso Nacional pessoas que não terão compromisso com a coletividade, vão impedir que as mudanças necessárias para o resgate do País sejam implementadas?, questionou o jovem.
Para o José Maria da Silva, o Zezinho, a sondagem "expõe uma clara posição do público entrevistado, por uma eleição limpa, sem sufrágio (aquisição mediante pagamento em dinheiro ou favores) de voto".
- Outro dado importante é que os jovens estão empenhados em participar ativamente do processo, escolhendo novos nomes, valorizando os partidos e sob a forma de um regime de governo presidencialista, numa democracia republicana - explicou o membro do MEP-VR.
ABSTENÇÃO - A Sondagem Popular do MEP-VR apresentou um percentual considerável, em se tratando de fazer valer o direito ao voto. Para 12% dos entrevistados, a opção pelo voto nulo, branco ou não votar em ninguém mereceu destaque. Nas últimas eleições para presidente, governador e congressistas, em Volta Redonda, do total de 220.887 eleitores aptos a votar, 16,97% não escolheram nenhum dos candidatos.
Dessa forma, Zezinho avalia que "há uma redução na expectativa em deixar de votar por parte dos entrevistados na sondagem realizada".
- Os números, apesar de uma diferente abordagem, deixam claro que o interesse pelas eleições se mantém numa crescente entre os cidadãos de Volta Redonda - avaliou o coordenador do MEP-VR.